DEPRESSÃO

26/04/2013 16:04

A Depressão é um transtorno mental que acomete cerca de 15% das pessoas ao longo de suas vidas. Ou seja, cerca de uma pessoa em cada seis tem, teve ou terá pelo menos um Episódio Depressivo (ED) ao longo de sua vida. A Depressão ocorre cerca de duas vezes mais entre as mulheres e, entre os homens, de 5 a 12% deles têm, tiveram ou terão algum ED ao longo de suas vidas.

O ED caracteriza-se pelo quadro de tristeza, desânimo, falta de iniciativa, desesperança, isolamento, sentimentos de culpa ou de "não ter valor" com ou sem pensamentos de suicídio que duram pelo menos duas semanas e que são intensos suficientemente para trazer prejuízos para a pessoa em sua vida pessoal e/ou profissional.

A Depressão é uma doença de caráter multifatorial. Acredita-se que possam haver diversos eixos relacionados ao risco do desenvolvimento de um quadro depressivo nos indivíduos. Entre estes eixos, podemos citar: herança genética, fatores relacionados ao ambiente (seja pessoal ou profissional), fatores relacionados a características de personalidade de cada um, fatores próprios do metabolismo e circunstâncias de vida. Assim, não se pode encontrar um único fator causal para um ED. Apesar disso, é comum se identificar fatores que possam ser atribuídos como aqueles que desencadearam o início dos sintomas depressivos (perda de emprego, fim de relacionamento, trauma sofrido, etc.).

O tratamento da Depressão dependerá da gravidade do quadro. A Depressão é classificada em três graus: leve, moderada ou grave. A Depressão leve em geral poderá responder bem ao tratamento psicoterápico com o uso de diversas técnicas diferentes (breve, focal, interpessoal, cognitiva e comportamental, de orientação analítica). Para o tratamento da Depressão moderada recomenda-se o uso de psicofármacos (medicações), pois se sabe que estes oferecem melhores resultados associados ou não à psicoterapia do que a psicoterapia de forma isolada. Em geral, o uso das medicações possibilita uma recuperação mais rápida e um menor risco de evolução para quadros mais graves. A psicoterapia não deixa de também estar indicada nestas situações. Como a Depressão considerada grave envolve o risco de vida (suicídio), frente a este quadro há a necessidade de se avaliar a indicação de um período de internação hospitalar. Esta acaba sendo uma alternativa, quando não se consegue encontrar suporte familiar ou social adequado que garanta a proteção do paciente durante a fase aguda. Além de considerar-se o tratamento em regime de internação, é indispensável o uso de medicações e abordagens psicoterápicas. Ademais, dependendo dos centros em que se realiza o tratamento, pode-se aventar também o uso de eletroconculsoterapia (ECT) como alternativa de tratamento a estes casos.  

Atualmente contamos como uma ampla gama de opções de medicamentos que podem ser utilizados para o tratamento da Depressão. Dentre elas, os principais são os inibidores de recaptação de serotonina (Sertralina, Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina), os inibidores duais de recaptação de serotonina e noradrenalina (Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina), os tricíclicos